TARTARUGA MARINHA
Dermochelys coriacea

Existem sete espécies de tartarugas marinhas mas apenas cinco são encontradas no Brasil (tartaruga-de-couro, tartaruga-de-pente, tartaruga-verde, tartaruga-cabeçuda e tartaruga-oliva).

A maioria das tartarugas marinhas é migratória. Podem ser vegetarianas, carnívoras e onívoras, pois as tartarugas comem de tudo. A tartaruga-de-couro, por exemplo, é a maior espécie chegando a dois metros de comprimento com peso de 600 kg.

Após atingir a maturidade as tartarugas vão até a praia depositar seus ovos na areia, isso acontece sempre na mesma praia. Quando ocorre a eclosão correm para o mar, mas somente uma entre cem consegue chegar à maturidade. Normalmente as fêmeas são mais rápidas que os machos.

As tartarugas marinhas existem há mais de 180 milhões de anos e conseguiram sobreviver a todas as mudanças do planeta. Mas sua origem foi na terra e, na sua aventura para o mar, evoluíram diferenciando-se de outros répteis.

O número de suas vértebras diminuiu e as que restaram se fundiram às costelas, formando uma carapaça resistente, embora leve. Perderam os dentes, ganharam uma espécie de bico e suas patas se transformaram em nadadeiras. Tudo para se adaptarem à vida no mar.

As tartarugas marinhas estão seriamente em perigo pelo fato de haver grande demanda por sua carne para fazer sopa, pela carapaça e pela sua gordura.

As tartarugas marinhas são solitárias e permanecem submersas durante muito tempo, o que dificulta extremamente o estudo do comportamento.

Possuem visão, o olfato e a audição desenvolvidos, além de uma fantástica capacidade de orientação. Por isso, mesmo vivendo dispersas na imensidão dos mares, sabem o momento e o local de se reunirem para reprodução. Nessa época, realizam viagens transcontinentais para voltar às praias onde nasceram.

Após o nascimento, os filhotes correm para o mar, passando as horas seguintes nadando para regiões oceânicas, onde estão mais seguros de predadores e conseguem buscar alimento. Estima-se que, de cada mil tartarugas nascidas, apenas uma ou duas atingem a idade adulta. Mas, depois de adultas, poucos animais conseguem ameaçá-las, com exceção do homem.

Durante o longo período, chamados pelos pesquisadores de “anos perdidos”, não há praticamente nenhuma informação sobre o que acontece aos filhotes. Imagina-se que fiquem boiando entre algas ou vagando à deriva em mar aberto.

Após esse período, entram em fase juvenil, estando grandes o suficiente para retornarem às águas costeiras, onde permanecem, se alimentando e crescendo, até atingirem a idade adulta.

Ao atingirem a idade adulta e a maturidade sexual, provavelmente permanecem em uma área de alimentação durante toda a vida, exceto durante as temporadas reprodutivas, quando machos e fêmeas retornam à praia em que nasceram para o acasalamento e desova.


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